A teoria da geração espontânea também conhecida como abiogênese, essa teoria existe pelo menos desde Aristóteles. De acordo com ela, a vida poderia surgir espontânea e continuamente da matéria bruta. Algumas observações feitas por pessoas comuns, no dia-a-dia, pareciam reforçar essas ideias: o fato de aparecerem larvas de inseto sobre o lixo em decomposição, por exemplo, alimentou a ideia de que as larvas teriam “brotado” do lixo (não se conhecia, na época, os detalhes da reprodução dos insetos). A circunstância de girinos surgirem na água de uma poça, de um dia para o outro, parecia ser a prova de que tinham se originado diretamente da lama da poça. Quando os microrganismos foram descobertos, depois da construção do microscópio, representaram mais um argumento a favor da geração espontânea: não se podia imaginar que seres tão simples pudessem possuir qualquer método de reprodução!Por estranho que pareça, essas ideias foram aceitas até meados do século XIX. Foi o francês Louis Pasteur quem conseguiu derrubar essa teoria, de forma definitiva, por meio de alguns experimentos simples.
As experiências de Pasteur
É bem conhecido o fato de que os líquidos que contêm substâncias orgânicas, como um caldo de carne, deterioram com facilidade, porque neles se desenvolvem rapidamente bolores e bactérias da decomposição. Na época de Pasteur, o aparecimento dos microrganismos era creditado, já dissemos, à geração espontânea. Coube a Pasteur demonstrar que as bactérias que decompõem o líquido provêm do ar, não brotando do líquido espontaneamente. Pasteur realizou uma série de experiências, entre as quais o famoso experimento do frasco com “pescoço de cisne”. Pasteur colocou vários líquidos em alguns frascos de vidro: suspensão de levedura de cerveja em água; suspensão de levedo em água e açúcar; urina; suco de beterraba. O gargalo dos frascos foi aquecido e puxado até ficar com várias curvaturas. Em seguida, os líquidos foram fervidos durante vários minutos, saindo os vapores pela abertura de cada gargalo. Após esfriar os frascos, os líquidos se mantinham sem mudanças por um tempo indeterminado, apesar de estarem em contato com o ar. Pasteur entendeu que, quando se ferve o fluido, o vapor expulsa o ar através do orifício do pescoço do balão; interrompendo-se o aquecimento, o ar carregado de poeira e microrganismos penetra no frasco. Porém, com a temperatura interna ainda alta, os germes não sobrevivem. À medida que a temperatura abaixa, o ar continua penetrando, porém com mais lentidão, deixando a poeira e os germes presos nas curvaturas úmidas do pescoço, que funciona então como um filtro de ar. Dessa forma, Pasteur estava demonstro que os líquidos nutritivos não geravam vida, mas que a vida, isto sim, provinha de fora. Nessa altura, alguns dos opositores de Pasteur alegaram que, devido à fervura, o líquido havia perdido a capacidade de gerar vida. Pasteur respondeu por meio de uma experiência simples e conclusiva. Vejamos o que ele disse:”(...) depois de um ou vários meses no incubador, o pescoço do frasco foi removido por um golpe dado de tal modo que nada, a não ser as ferramentas, o tocasse, e, depois de 24, 36 ou 48 horas, bolores se tornaram visíveis, exatamente como no frasco aberto, ou como se o frasco tivesse sido inoculado com poeira do ar”. Pasteur demonstrou, dessa forma, que a fervura não havia modificado as propriedades do líquido, que continuava capaz de abrigar vida.
A primeira vida teria surgido por geração espontânea?Até certo ponto, sim. Afinal, as ideias atuais sobre a origem da vida sugerem que o primeiro ser vivo teria surgido da matéria bruta, não-viva, presente no “caldo” primitivo. Há, no entanto, uma grande distância entre essas ideias e a teoria da geração espontânea, como entendida até o século passado. Em primeiro lugar, acreditava-se que os seres vivos surgissem constantemente da matéria bruta, o que é muito diferente das ideias de Oparin e demais pesquisadores. Admite-se hoje que o “milagre” que ocorreu na Terra primitiva aconteceu uma única vez, não podendo mais se repetir, isso por dois motivos principais:
· a presença de seres vivos na Terra atual impediria que qualquer molécula orgânica que surgisse “espontaneamente” pudesse subsistir por muito tempo, pois haveria muitas bocas famintas dispostas a dar um fim nela;
· a presença de oxigénio na atmosfera atual oxida com facilidade as substâncias orgânicas, destruindo-as. Isso não ocorreu nas condições primitivas (não havia o gás oxigénio), de modo que as moléculas orgânicas tiveram tempo para se tornar mais complexas. Assim sendo, Pasteur, o principal defensor da biogênese (teoria que propõe que a vida sempre provém da vida), demonstrou que, nas circunstâncias atuais, não nasce vida da matéria bruta. No entanto, pelo menos uma vez, a vida deve ter surgido da matéria bruta, em circunstâncias muito especiais e favoráveis da Terra primitiva.
5. lito significa “pedra”, e autotrófico, “que produz seu próprio alimento orgânico”.
1 .Explique, com suas palavras, o que é a teoria da geração espontânea.
2. E bem conhecido o fato de que caldo de carne, deixado num copo por alguns dias, fica turvo, malcheiroso, e que nele se desenvolvem microrganismos que podem ser vistos ao microscópio. De que maneira Pasteur demonstrou, num caso semelhante, que os microrganismos não são originados pelo caldo de carne, mas que provêm do ambiente?
3. Analise e discuta esta frase: “A ausência de organismos vivos nos mares primitivos foi um fator que favoreceu decisivamente o aumento de complexidade das associações moleculares”.
As experiências de Pasteur
É bem conhecido o fato de que os líquidos que contêm substâncias orgânicas, como um caldo de carne, deterioram com facilidade, porque neles se desenvolvem rapidamente bolores e bactérias da decomposição. Na época de Pasteur, o aparecimento dos microrganismos era creditado, já dissemos, à geração espontânea. Coube a Pasteur demonstrar que as bactérias que decompõem o líquido provêm do ar, não brotando do líquido espontaneamente. Pasteur realizou uma série de experiências, entre as quais o famoso experimento do frasco com “pescoço de cisne”. Pasteur colocou vários líquidos em alguns frascos de vidro: suspensão de levedura de cerveja em água; suspensão de levedo em água e açúcar; urina; suco de beterraba. O gargalo dos frascos foi aquecido e puxado até ficar com várias curvaturas. Em seguida, os líquidos foram fervidos durante vários minutos, saindo os vapores pela abertura de cada gargalo. Após esfriar os frascos, os líquidos se mantinham sem mudanças por um tempo indeterminado, apesar de estarem em contato com o ar. Pasteur entendeu que, quando se ferve o fluido, o vapor expulsa o ar através do orifício do pescoço do balão; interrompendo-se o aquecimento, o ar carregado de poeira e microrganismos penetra no frasco. Porém, com a temperatura interna ainda alta, os germes não sobrevivem. À medida que a temperatura abaixa, o ar continua penetrando, porém com mais lentidão, deixando a poeira e os germes presos nas curvaturas úmidas do pescoço, que funciona então como um filtro de ar. Dessa forma, Pasteur estava demonstro que os líquidos nutritivos não geravam vida, mas que a vida, isto sim, provinha de fora. Nessa altura, alguns dos opositores de Pasteur alegaram que, devido à fervura, o líquido havia perdido a capacidade de gerar vida. Pasteur respondeu por meio de uma experiência simples e conclusiva. Vejamos o que ele disse:”(...) depois de um ou vários meses no incubador, o pescoço do frasco foi removido por um golpe dado de tal modo que nada, a não ser as ferramentas, o tocasse, e, depois de 24, 36 ou 48 horas, bolores se tornaram visíveis, exatamente como no frasco aberto, ou como se o frasco tivesse sido inoculado com poeira do ar”. Pasteur demonstrou, dessa forma, que a fervura não havia modificado as propriedades do líquido, que continuava capaz de abrigar vida.
A primeira vida teria surgido por geração espontânea?Até certo ponto, sim. Afinal, as ideias atuais sobre a origem da vida sugerem que o primeiro ser vivo teria surgido da matéria bruta, não-viva, presente no “caldo” primitivo. Há, no entanto, uma grande distância entre essas ideias e a teoria da geração espontânea, como entendida até o século passado. Em primeiro lugar, acreditava-se que os seres vivos surgissem constantemente da matéria bruta, o que é muito diferente das ideias de Oparin e demais pesquisadores. Admite-se hoje que o “milagre” que ocorreu na Terra primitiva aconteceu uma única vez, não podendo mais se repetir, isso por dois motivos principais:
· a presença de seres vivos na Terra atual impediria que qualquer molécula orgânica que surgisse “espontaneamente” pudesse subsistir por muito tempo, pois haveria muitas bocas famintas dispostas a dar um fim nela;
· a presença de oxigénio na atmosfera atual oxida com facilidade as substâncias orgânicas, destruindo-as. Isso não ocorreu nas condições primitivas (não havia o gás oxigénio), de modo que as moléculas orgânicas tiveram tempo para se tornar mais complexas. Assim sendo, Pasteur, o principal defensor da biogênese (teoria que propõe que a vida sempre provém da vida), demonstrou que, nas circunstâncias atuais, não nasce vida da matéria bruta. No entanto, pelo menos uma vez, a vida deve ter surgido da matéria bruta, em circunstâncias muito especiais e favoráveis da Terra primitiva.
5. lito significa “pedra”, e autotrófico, “que produz seu próprio alimento orgânico”.
1 .Explique, com suas palavras, o que é a teoria da geração espontânea.
2. E bem conhecido o fato de que caldo de carne, deixado num copo por alguns dias, fica turvo, malcheiroso, e que nele se desenvolvem microrganismos que podem ser vistos ao microscópio. De que maneira Pasteur demonstrou, num caso semelhante, que os microrganismos não são originados pelo caldo de carne, mas que provêm do ambiente?
3. Analise e discuta esta frase: “A ausência de organismos vivos nos mares primitivos foi um fator que favoreceu decisivamente o aumento de complexidade das associações moleculares”.
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