sábado, 14 de março de 2009

AIDS – CAMPANHAS GOVERNAMENTAIS





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2008


2007


2006



Após assistir os vídeos sobre as campanhas de combate a AIDS acesse o link abaixo e veja como o Ministério da saúde trabalha este tema.. Apresente nos comentário uma reflexão sobre tudo que assistiu e leu.

Ministério da Saúde - Campanhas
http://www.aids.gov.br/campanha/carnaval-2011

Aplique seus conhecimentos


CICLO LÍTICO E LISOGÊNICO
Às vezes, o DNA viral se liga ao da bactéria e reproduz-se com ele a cada divisão da célula bacteriana, que mantém o seu metabolismo normal. Nesse estado, o vírus é chamado de pró-fago e não destrói a bactéria. Isso acontece porque um dos genes do vírus comanda a síntese de uma proteína repressora, que inibe os outros genes virais. Se houver alguma alteração nesse gene (uma mutação provocada por produtos químicos, raios ultravioleta,etc.), o pró-fago pode replicar-se e destruir a célula. O ciclo em que a célula é destruída chama-se lítico e os vírus que o provocam são chamados de líticos ou virulentos. Quando a célula é preservada, o ciclo é lisogênico e os vírus são chamados temperados OU não virulentos, A transformação de um CiClO LISOGÊNICO em LÍTICO recebe o nome de indução. Determinados tipos de câncer podem ser provocados por vírus que se ligam ao DNA humano. Embora portadores des­ses vírus em seu genoma, alguns indivíduos jamais manifestam a doença.

É PRECISO SER RESPONSÁVEL
Mesmo assintomático, um adulto soropositivo (AIDÉTICO) de­ve ser sexualmente responsável, uma vez que pode transmitir o vírus. Ele deve usar sempre camisinha ou pedir ao parceiro que use, além de avisar as pessoas que possam ter sido infectadas como resultado de relações sexuais ou do uso comum de agulhas. Deve também in­formar o seu médico e o seu dentista para garantir o melhor tratamento possível a si próprio e permitir que sejam tomadas precauções que protejam as outras pes­soas. Também não pode doar sangue, esperma ou ór­gãos.

DOENÇAS EMERGENTES
Febre alta, dores no corpo, vómitos, diarreia e hemorragias generalizadas nos órgãos e na pele; em cerca de dez días,a pessoa morre.Esse é o quadro da febre hemorrágica causada pelo vírus Ebola, transmitido de uma pessoa contaminada para outra pelo contato díreto com sangue, suor, saliva e sémen. Não há tratamento específico, mas, se as vítimas forem isoladas e man­tidas em condições higiénicas adequadas, a epidemia pode ser controlada.Ô Ebola, como o vírus da síndrome respiratória aguda grave (Sars), faz parte de um grupo de vírus que circulam em ani­mais ou populações humanas que vivem em áreas isoladas e que, com as viagens, podem se espalhar para outros locais. Por isso eles são chamados de emergentes (pois saem ou emergem de seu habitat natural).
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Relacione o conhecimento sobre o ciclo lisogênico e lítico com a necessidade do indivíduo soropositivo ser responsável. Discuta porque o vírus Ebola tem menos possibilidade de virar uma epidemia mundial como a AIDS.

Mendel e seu ambiente




O ambiente, como já vimos, interage com o genótipo, influindo na determinação do fenótipo. Isso também vale para as pessoas. O que somos e o que realizamos, como seres humanos, é resultado não só de nossos genes, como também do ambiente em que vive­mos, do tipo de família que temos, dos professores que nos estimulam — enfim, das con­dições que cercam nossa vida. Por isso, conhecendo o ambiente em que Mendel viveu e as ideias de sua época, teremos mais elementos para compreender seu trabalho. Mendel nasceu em um lugarejo da antiga Tchecoslováquia, em 1822, em uma família de camponeses que trabalhavam nas terras de uma família nobre.Teve suas primeiras noções de ciências naturais na escola local. Não era comum, na época, ensinar essa disciplina nas escolas; no entanto, a dona das terras acreditava que as colheitas aumentariam se o cam­ponês aprendesse técnicas agrícolas. Muito cedo, o padre da aldeia reconheceu em Mendel um aluno de inteligência excepcional e interessado pelo assunto; assim, recomen­dou que fosse mandado para um ginásio a 50 km de distância.
A família de Mendel, com problemas financeiros, logo deixou de ajudar o jovem a se man­ter longe de casa, e ele teve muita dificuldade para prover seu sustento e continuar os estudos. Mendel logo percebeu que a única forma de continuar estudando seria abraçar a vida religiosa. Assim, aos 21 anos, ingressou no convento dos agostinianos, na cidade de Brünn.
O ambiente do convento era extremamente favorável ao estudo científico. Provavelmente, a Revolução Francesa influenciara os pensadores da época, que acredita­vam num ideal de progresso a ser atingido pela fusão da filosofia com a ciência. O con­vento agiu, assim, como um catalisador no desejo de Mendel de continuar aprendendo. O superior do convento, o abade Napp, entusiasta das ciências naturais e membro de várias sociedades agrícolas e científicas da região, estimulava os monges a serem treina­dos para o trabalho científico. Além disso, encorajava o ensino de ciências no ginásio téc­nico da cidade. Havia no convento estudiosos de várias disciplinas: filósofos, matemáticos, mineralogistas, meteorologistas. No jardim do convento, eram cultivadas espécies vege­tais raras. Foi aí que, mais tarde, Mendel desenvolveu seus experimentos. As autoridades eclesiásticas da época não viam essa efervescência científica com bons olhos. O bispo da região chegou a fazer uma investigação, concluindo que as atividades do convento estavam muito mais voltadas para a ciência do que para a religião. Recomendou a destituição do superior, Napp, e até a dissolução do convento; felizmen­te, nada disso se concretizou.
Mendel, além de aprender muito no contato com seus colegas, foi várias vezes professor-substituto no ginásio da cidade. Como se saiu muito bem, Napp decidiu mandá-lo para Viena, onde tentou por duas vezes obter seu doutoramento, condição para continuar lecionando. Na primeira vez, foi reprovado em zoologia; na segunda, por estranho que pareça, em botânica! No entanto, foi na Universidade de Viena que Mendel estudou físi­ca, tendo sido aluno do famoso Doppler3. Foi assim que Mendel adquiriu os conhecimen­tos metodológicos que mais tarde lhe permitiram planejar e desenvolver suas experiên­cias. Seu treinamento em matemática forneceu-lhe a noção de que toda experimentação científica deve ser passível de confirmação matemática e estatística. Além disso, Mendel teve em Viena contato com um famoso professor de fisiologia vegetal. Na época, a noção de que as plantas são também constituídas de células (lembra-se da teoria celular?) começava a ser ensinada na Universidade de Viena. Além disso, em 1856,
um trabalho de botânica molïtrlivIicflTorma definitiva que a reprodução vegefsr (JëperF dia tanto da parte masculina quanto da parte feminina das plantas. Essa noção foi funda­mental mais tarde no planejamento das experiências de Mendel. No entanto, o professor de botânica que examinou Mendel em sua segunda tentativa de se doutorar não estava de acordo com essa ideia. Desconfia-se que, durante a arguição, tenha havido algum desentendimento entre eles; pela segunda vez, Mendel foi reprovado, e voltou a Brünn em 1856, profundamente deprimido. O desânimo durou pouco. Mendel voltou a ensinar, tornou-se membro de sociedades agrícolas e científicas da cidade e começou a planejar o trabalho que mais tarde o torna­ria famoso. Seu interesse pelo cultivo de vegetais vinha do contato que tivera com a terra, na infância. Entre 1856 e 1865 estudou pelo menos 28 mil pés de ervilha, analisando sete características de forma cuidadosa, e enunciou as conhecidas leis que levam seu nome. Em 1865, apresentou seus trabalhos na Sociedade de Ciências Naturais, publicando seu trabalho em 1866. Manteve correspondência com um famoso botânico da época, Karl Wilhelm von Naegeli (l817-1891), que, embora o estimulasse, provavelmente nunca entendeu o alcance de suas descobertas. Mendel sem dúvida teve conhecimento dos trabalhos de Darwin. Não há documentos defi­nitivos a respeito de sua opinião; no entanto, em alguns textos, ele deixa claro que aceita a noção de que as espécies são passíveis de transformação. Segundo testemunhos da época, teria chegado a dizer que "parecia faltar alguma coisa a essa teoria". Será que Mendel se referia à origem da variabilidade, que Darwin não explicava? Na verdade, a noção de gene, desenvolvida por Mendel, viria completar a teoria darwinista no século XX.Mendel continuou sua atividade de pesquisador: realizou outros experimentos com plan­tas, cruzou abelhas, estudou meteorologia e até o fim da vida manteve o interesse por assuntos científicos. No entanto, sua vida tomou outro rumo a partir de 1868. Prestigiado como cientista, professor, membro de sociedades científicas e estimado por seu grande equilíbrio, foi eleito abade superior de seu convento, sucedendo a Napp. Como membro agora importante da sociedade de Brünn, tomou certas posições políticas que o antago­ nizaram com muitas pessoas, incluindo alguns monges de seu convento. Opôs-se firme­ mente à intervenção cada vez maior do Estado, que queria cobrar do convento impos­tos a seu ver absurdos e escabidos. Teve de se afastar da ciência, já que seus deveres administrativos o absorviam Mendel faleceu em janeiro de 1884. Em 1900, por experimen­tação própria, três bió­logos redescobriram os trabalhos de Mendel e reconhece­ ram que ele havia che­gado a conclusões similares em 1865. Na verdade, pode-se dizer que a genética moder na começou em 1900. Foi somente na déca­da de 1930, porém, que se entendeu clara­ mente de que forma a teoria evolucionista de Darwin era complementada pelas desco­ bertas de Mendel. O jardim onde Mendel fez seus experimentos.

Há. no texto, muitas referências que justificam o interesse de Mendel pela pesquisa científica. Cite algumas dessas referências.
Diz-se, frequentemente, que o treino matemático de Mendel foi funda­mental para a elaboração de sua teoria sobre a hereditariedade. Em outras palavras, os resultados de Mendel foram não apenas qualitativos, mas também quantitativos. Por que foi importante Mendel contar as ervilhas que obtinha como resultado?


3. Doppler foi o cientista responsável pela descoberta do efeito Doppler, estudado em física.

O Início da Genética



Muito cedo na história da humanidade, o ser humano notou que existem semelhanças entre pais e filhos. Isso se aplicava não apenas à espécie humana, mas também aos animais domésticos e às plantas cultivadas. No entanto, o entendimento de como essas semelhanças eram transmitidas começou a se formar há menos de 140 anos! Por que a compreensão desses mecanismos não ocorreu antes? Primeiro, as semelhanças nas famílias não pareciam apontar para nenhuma regra geral. Herdamos, às vezes, a cor dos olhos de nosso pai, a forma do queixo de nossa mãe, a forma da orelha de um tio distante ou o daltonismo1 de nosso avô materno. Para aumentar ainda mais a con­fusão, certos caracteres pareciam ser a "média" entre a característica paterna e a materna. Um exemplo é a herança do tipo de cabelo. Homens de cabelos crespos casados com mulheres de cabelos lisos têm, quase sempre, filhos de cabelos ondulados, caráter intermediário em relação ao de seus pais. Outro fator que atrasou muito a compreensão da herança foi o desconhecimento dos eventos da reprodução. Durante muito tempo não ficou claro, por exemplo, ofato de que os progenitores de ambos os sexos, tanto em animais como em vegetais, participam da reprodução, cada um deles fornecendo células sexuais.No caso das plantas, essa noção foi aceita apenas em meados do século XIX, apartir de cruzamentos experimentais. Fica evidente que, enquanto os próprios fatos da reprodução constituíam um mistério para os estudiosos da vida, nenhuma teoria poderia explicar a hereditariedade de maneira satisfatória.Para nós, que vivemos no século XXI, pode parecer estranho que conhecimentos too elementares fossem ignorados durante tanto tempo. Afinal, nos dias de hoje a ideia de gene e de cromossomo, a maneira como eles se distribuem na divisão celular e o fato de o DNA ser o material genético são conceitos muito familiares.Até meados do século XIX, no entanto, tudo isso era desconhecido; a hereditariedade ainda não tinha uma explicação científica. Em 1865, o monge tcheco Gregor Mendel, fazendo experiências com ervilhas, começou a esclarecer esse problema. Para explicar os resultados que estava obtendo, Mendel supôs a existência de genes (ou fatores) nos organismos e sugeriu um mecanismo de transmissão desses genes de pai para filho. Os biólogos da época, porém, não entenderam a importância dos trabalhos de Mendel. Foi apenas no ano de l 900, depois da morte do pesquisador, que três outros cientistas, Correns, Tschermak e De Vries, confirmaram, cada um com í seus experimentos, os resultados e as conclusões de Mendel. É, portanto, em 1900 que se iniciam as pesquisas sistemáticas nessa nova ciência, que foi denominada genética. Porém, foi somente por volta de 1910 que se entendeu que os genes "moram" nos cromossomos, e que são distribuídos às células-filhas nas divisões celulares. Por fim, em 1944, verificou-se que os genes são pedaços de DNA. Dessa época em diante, inúmeras pesquisas fizeram com que se entendesse, cada vez melhor, como eles controlam a atividade das células.

1. De acordo com o texto, podemos dizer que dois fatores principais adiaram a compreensão dos mecanismos hereditários. Que fatores foram esses?
2. Segundo a crença popular, "os meninos sempre puxam à mãe, enquanto as meninas sempre se parecem com o pai". Qual é a sua opinião a respeito? Algum trecho do texto anterior contradiz essa afirmação?
3. Com as palavras abaixo, construa uma frase que represente uma noção atual e correta das ideias sobre a herança genética:
Cromossomos, genes, transmitidos de pais para filhos, gametas, DNA, óvulos, espermatozóides
.


1. Daltonismo é uma anomalia hereditária que consiste na confusão de algumas cores, frequentemente o verde e o vermelho.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Bactérias que comem pedras e vida em Marte

A esperança de um dia encontrarmos vida em Marte recebeu, indiretamente, um estímu­lo inesperado. Foram descobertas nos Estados Unidos bactérias estranhíssimas, que se alimentam basicamente de água e de pedras! Elas foram encontradas em rochas profun­das que armazenam água, no interior de formações basálticas, perto do rio Colúmbia, em Washington. Essas bactérias não usam matéria orgânica alheia — isto é, são autótrofas — mas também não utilizam a luz do sol nem a energia geotérmica. Em vez disso, elas con­seguem energia da seguinte forma: ocorre, nas profundezas das rochas, uma reação quí­mica espontânea entre os silicatos do basalto e a água, havendo liberação de hidrogénio.As bactérias usam esse hidrogénio, combinam-no com o gás carbónico dissolvido na água e fabricam metano. Essa reação libera energia, que as bactérias então utilizam para pro­duzir alimento orgânico.Todd Stevens e Jim McKinley cultivaram essas bactérias em laboratório, fornecendo-lhes apenas água e pedaços de rocha moída. A maioria das culturas sobreviveu com essa dieta; no entanto, também foram descobertas algumas espécies que requeriam matéria orgâni­ca. Isso faz suspeitar que existem verdadeiros ecossistemas subterrâneos, em que microrganismos autótrofos e heterótrofos se relacionam. Esses possíveis ecossistemas receberam o nome de SLiME, abreviação de Subsurface üthoautotrophic Microbial Ecosystem, ou, traduzindo, ecossistema microbiano litoautotrófico5 subterrâneo. Foi sugerida a possibilidade de que os primeiros organismos a aparecerem no nosso pla­neta tenham sido semelhantes a essas bactérias, retomando-se, portanto, a hipótese auto-trófica da origem da vida. A favor dessa ideia está o fato de esses organismos serem bio-quimicamente muito simples.O que teria tudo isso que ver com a possibilidade de existir vida em Marte, presente ou passada? Na realidade, se ainda há vida em Marte, ela deve assemelhar-se muito a essas bactérias pouco exigentes.Todos os ingredientes necessários estão presentes no ambien­te marciano; por causa disso, alguns cientistas da NASA acreditam ser muito possível a existência de algo parecido com os ecossistemas do tipo SLiME em Marte. Fica agora um mistério, pelo menos para nossa biosfera: como bactérias desse tipo teriam ido parar naquelas profundidades, no caso das rochas vulcânicas de que falávamos? A não ser, é claro, que a vida na Terra não tenha se originado nos mares primitivos, como é clas­sicamente explicado...

1. Por que podemos considerar autótrofas as bactérias citadas no texto?
2. Poderíamos dizer que essas bactérias são fotossintetizantes? Discuta.
3. A hipótese autotrófica da origem da vida é menos aceita do que a hipó­tese heterotrófíca. Verifique, no texto do capítulo, o porquê. Em segui­da, explique por que o descobrimento dessas bactérias especiais fez com que a hipótese autotrófica voltasse a ser considerada razoável.

Pasteur e a Geração Espontânea


A teoria da geração espontânea também conhecida como abiogênese, essa teoria existe pelo menos desde Aristóteles. De acordo com ela, a vida poderia surgir espontânea e continuamente da matéria bruta. Algumas observações feitas por pessoas comuns, no dia-a-dia, pareciam reforçar essas ideias: o fato de aparecerem larvas de inseto sobre o lixo em decomposição, por exem­plo, alimentou a ideia de que as larvas teriam “brotado” do lixo (não se conhecia, na época, os detalhes da reprodução dos insetos). A circunstância de girinos surgirem na água de uma poça, de um dia para o outro, parecia ser a prova de que tinham se origina­do diretamente da lama da poça. Quando os microrganismos foram descobertos, depois da construção do microscópio, representaram mais um argumento a favor da geração espontânea: não se podia imaginar que seres tão simples pudessem possuir qualquer método de reprodução!Por estranho que pareça, essas ideias foram aceitas até meados do século XIX. Foi o fran­cês Louis Pasteur quem conseguiu derrubar essa teoria, de forma definitiva, por meio de alguns experimentos simples.
As experiências de Pasteur
É bem conhecido o fato de que os líquidos que contêm substâncias orgânicas, como um caldo de carne, deterioram com facilidade, porque neles se desenvolvem rapidamente bolo­res e bactérias da decomposição. Na época de Pasteur, o aparecimento dos microrganismos era creditado, já dissemos, à geração espontânea. Coube a Pasteur demonstrar que as bac­térias que decompõem o líquido provêm do ar, não brotando do líquido espontaneamente. Pasteur realizou uma série de experiências, entre as quais o famoso experimento do fras­co com “pescoço de cisne”. Pasteur colocou vários líquidos em alguns frascos de vidro: suspensão de levedura de cerveja em água; suspensão de levedo em água e açúcar; urina; suco de beterraba. O gargalo dos frascos foi aquecido e puxado até ficar com várias cur­vaturas. Em seguida, os líquidos foram fervidos durante vários minutos, saindo os vapo­res pela abertura de cada gargalo. Após esfriar os frascos, os líquidos se mantinham sem mudanças por um tempo indeterminado, apesar de estarem em contato com o ar. Pasteur entendeu que, quando se ferve o fluido, o vapor expulsa o ar através do orifício do pescoço do balão; interrompendo-se o aquecimento, o ar carregado de poeira e microrganismos penetra no frasco. Porém, com a temperatura interna ainda alta, os germes não sobrevivem. À medi­da que a temperatura abaixa, o ar conti­nua penetrando, porém com mais lenti­dão, deixando a poeira e os germes pre­sos nas curvaturas úmidas do pescoço, que funciona então como um filtro de ar. Dessa forma, Pasteur estava demonstro que os líquidos nutritivos não geravam vida, mas que a vida, isto sim, provinha de fora. Nessa altura, alguns dos opositores de Pasteur alegaram que, devido à fervura, o líquido havia perdido a capacidade de gerar vida. Pasteur respondeu por meio de uma experiência simples e conclusiva. Vejamos o que ele disse:”(...) depois de um ou vários meses no incubador, o pescoço do frasco foi removido por um golpe dado de tal modo que nada, a não ser as ferramen­tas, o tocasse, e, depois de 24, 36 ou 48 horas, bolores se tornaram visíveis, exatamente como no frasco aberto, ou como se o frasco tivesse sido inoculado com poeira do ar”. Pasteur demonstrou, dessa forma, que a fervura não havia modificado as propriedades do líquido, que continuava capaz de abrigar vida.
A primeira vida teria surgido por geração espontânea?Até certo ponto, sim. Afinal, as ideias atuais sobre a origem da vida sugerem que o pri­meiro ser vivo teria surgido da matéria bruta, não-viva, presente no “caldo” primitivo. Há, no entanto, uma grande distância entre essas ideias e a teoria da geração espontânea, como entendida até o século passado. Em primeiro lugar, acreditava-se que os seres vivos surgissem constantemente da matéria bruta, o que é muito diferente das ideias de Oparin e demais pesquisadores. Admite-se hoje que o “milagre” que ocorreu na Terra primi­tiva aconteceu uma única vez, não podendo mais se repetir, isso por dois motivos principais:
· a presença de seres vivos na Terra atual impediria que qualquer molécula orgânica que surgisse “espontaneamente” pudesse subsistir por muito tempo, pois haveria muitas bocas famintas dispostas a dar um fim nela;
· a presença de oxigénio na atmosfera atual oxida com facilidade as substâncias orgânicas, destruindo-as. Isso não ocorreu nas condições primitivas (não havia o gás oxigénio), de modo que as moléculas orgânicas tiveram tempo para se tornar mais complexas. Assim sendo, Pasteur, o principal defensor da biogênese (teoria que propõe que a vida sempre provém da vida), demonstrou que, nas circunstâncias atuais, não nasce vida da matéria bruta. No entanto, pelo menos uma vez, a vida deve ter surgido da matéria bruta, em circunstâncias muito especiais e favoráveis da Terra primitiva.
5. lito significa “pedra”, e autotrófico, “que produz seu próprio alimento orgânico”.

1 .Explique, com suas palavras, o que é a teoria da geração espontânea.
2. E bem conhecido o fato de que caldo de carne, deixado num copo por alguns dias, fica turvo, malcheiroso, e que nele se desenvolvem micror­ganismos que podem ser vistos ao microscópio. De que maneira Pasteur demonstrou, num caso semelhante, que os microrganismos não são ori­ginados pelo caldo de carne, mas que provêm do ambiente?
3. Analise e discuta esta frase: “A ausência de organismos vivos nos mares primitivos foi um fator que favoreceu decisivamente o aumento de com­plexidade das associações moleculares”.